O Nintendo Switch 2 tem lançamento agendado para a próxima semana, mas a tentativa de encontrar alguma brecha para facilitar suas modificações já aconteceu, ao menos de acordo com um suposto relato publicado no fórum GBATemp.
De acordo com o comentário, desde que hackers do sistema tiveram acesso antecipado ao Switch 2, diversas tentativas de modificação de hardware e software revelaram uma robusta camada de proteção interna no novo console da Nintendo. De acordo com relatos de testadores, sempre que ferramentas especializadas foram usadas para acessar o chip de ROM ou o armazenamento flash do aparelho, o Switch 2 imediatamente se bloqueou, obrigando o dispositivo a um estado de “brick” (inoperante) e, em seguida, a um loop contínuo de reinicialização.
O primeiro caso documentado envolveu o uso do dispositivo MIG Switch para testar o controle de acesso ao Switch 2. Logo após a conexão, o console entrou em modo de brick, impedindo qualquer operação adicional. Em seguida, outros testadores que tentaram soldar diretamente o armazenamento flash do chip de ROM relataram resultado semelhante: assim que o hardware detectou alterações de voltagem, mesmo que pequenas, provocadas pelas ferramentas de escaneamento, o sistema interno do Switch 2 travou e bloqueou completamente o aparelho.
Em resposta a essas falhas, a Nintendo forneceu aos testadores instruções para recarregar o firmware a partir de um cartão SD, na tentativa de restaurar o funcionamento normal. No entanto, mesmo após seguir todas as etapas recomendadas, os consoles permaneceram em ciclo de boot e não conseguiram completar a reinstalação do sistema. Como consequência, três testadores foram obrigados a devolver os aparelhos à empresa e ainda tiveram de arcar com o custo total do console, já que existe um mecanismo interno que detecta uso não autorizado e aciona medidas para impedir abusos. A recusa em devolver o dispositivo poderia resultar em ação judicial por parte da Nintendo.
Em outro incidente, um testador que tinha acesso antecipado a um jogo observou o Switch 2 travar e reiniciar de forma inesperada. Após esse ocorrido, o console não voltou a funcionar até que o firmware fosse totalmente reinstalado. Este episódio reforça a conclusão de que qualquer tentativa de explorar vulnerabilidades para executar código não assinado é, por ora, impraticável: o próprio sistema se recusa a operar caso detecte alterações na sequência de inicialização.
Além disso, a reinstalação de firmware via cartão SD deixou de ser uma opção offline segura. O aplicativo genérico utilizado conecta-se obrigatoriamente aos servidores da Nintendo para obter a versão mais recente do sistema, o que impede a instalação manual de firmwares anteriores ou específicos. Dessa forma, não há mais brechas conhecidas que permitam contornar essas proteções utilizando métodos tradicionais de recuperação.
Diante dessas barreiras, a comunidade de entusiastas e desenvolvedores de homebrew vê no desenvolvimento de um emulador ou na extração direta de ROMs uma possível alternativa para estudar o Switch 2. Até o momento, porém, não existe nenhum exploit público que não acarrete o brick imediato do aparelho, o que sugere que uma solução viável só deverá surgir quando for possível burlar ou desativar o mecanismo interno de verificação de voltagem e integridade do firmware.
O Nintendo Switch 2 será globalmente lançado em 5 de junho.
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